A Polícia Civil cumpre, na manhã desta terça-feira (31), oito mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão contra funcionários das empresas BR Distribuidora, Shell (Raízen) e Ipiranga em Curitiba.
O G1 apurou que os oito alvos de prisão são:
- César Augusto Leal - assessor comercial BR Distribuidora;
- Marcos Bleuler Gouveia Alves de Castro - assessor comercial BR Distribuidora;
- Silvo César Avila - assessor comercial BR Distribuidora;
- Peter Oliveira Domingos - gerente da Distribuidora IPiranga;
- Adriano Alves de Souza - assessor comercial da Distribuidora Ipiranga;
- Diego Neumann Balvedi - gerente da Distribuidora Shell (Raízen);
- Karen Pedroso da Silva - assessora comercial da Distribuidora Shell (Raízen);
- André Spina Oliva - assessora comercial da Distribuidora Shell (Raízen);
A suspeita é a de que as distribuidoras controlavam de forma indevida e criminosa o preço final dos combustíveis nas bombas dos postos de gasolina com bandeira das distribuidoras, prejudicando a livre concorrência.
As buscas são feitas nas casas dos suspeitos e nas sedes das empresas. Cinquenta policiais, quatro delegados, dois promotores e servidores do Instituto de Criminalística participam da operação. A Justiça determinou o afastamento do sigilo de e-mail de nove pessoas.
A operação foi batizada de Margem Controlada e mira gerentes e assessores comerciais das três distribuidoras. Juntas, elas dominam 70% do mercado.
De acordo com a polícia, para se tornar um posto bandeirado, o empresário assinava um contrato de exclusividade com a respectiva distribuidora, tendo a obrigação de comprar o combustível somente dela – o que não é ilegal.
Assim, os representantes das distribuidoras vendiam o litro do combustível de acordo com o preço que deve ser praticado pelo dono do posto bandeirado. Isso controlava, além do preço nas bombas, a margem de lucro dos empresários e a livre concorrência.
Os suspeitos respondem pelos crimes de abuso de poder econômico e organização criminosa. Se condenados, podem pegar penas que variam de dois a 13 anos.
A investigação levou mais de um ano e foi um trabalho conjunto entre a Divisão de Combate à Corrupção e Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba, órgão do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
A ação teve ainda o apoio da Polícia Militar (PM) e de policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) e do Núcleo de Combate aos Ciber Crimes (Nuciber).Veja mais notícias do estado no G1 Paraná
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